Uma bolha irregular na galáxia NGC 3079
Explosão de formação de estrelas impulsiona uma bolha irregular de gás quente no núcleo da galáxia NGC 3079. A estrutura tem mais de 3.000 anos-luz de largura e se eleva a 3.500 anos-luz acima do disco da galáxia.
"A imagem acima é em close da bolha. Os astrônomos suspeitam que a bolha está sendo soprada pelos ventos - fluxo de partículas de alta velocidade - liberados durante uma explosão de formação estelar.
Filamentos gasosos no topo da bolha estão girando em um vórtice e estão sendo expelidos para o espaço. Eventualmente, este gás irá chover sobre o disco da galáxia, onde poderá colidir com nuvens de gás, comprimi-las e formar uma nova geração de estrelas. Os dois pontos brancos logo acima da bolha são, provavelmente, estrelas da própria galáxia.
O close revela que a superfície da bolha e grumosa, formada por quatro colunas de filamentos gasosos que se elevam acima do disco da galáxia.
Os filamentos se dispersam a uma altura de 2.000 anos-luz. Cada filamento tem cerca de 75 anos-luz de largura. Medições de velocidade tomadas pelo Telescópio Canadá-França-Havaí no Havaí mostram que os filamentos gasosos estão subindo a mais de 6 milhões de quilômetros por hora.
De acordo com modelos teóricos, a bolha foi formada quando ventos contínuos de estrelas quentes se misturaram com pequenas bolhas de gás muito quentes provenientes de explosões de supernovas.
Observações da estrutura do núcleo por radiotelescópios indicam que esses processos ainda estão ativos. Os modelos sugerem que esse fluxo começou há cerca de um milhão de anos, e ocorrem a cada 10 milhões de anos.
Eventualmente, as estrelas quentes morrerão e a fonte de energia da bolha desaparecerá. Os astrônomos viram evidências de explosões anteriores em observações de rádio e raios-X. Esses estudos mostram anéis de poeira e gás e longas plumas de material, todas maiores do que a bolha.
NGC 3079 está localizada a 50 milhões de anos-lua da Terra na constelação da Ursa Maior.
As cores nesta imagem acentuam detalhes importantes da bolha, sendo o gás incandescente vermelho e a luz das estrelas azul e verde.
O camer WFPC 2 doTelescópio Espacial Hubble fez essa foto em 1998."
Créditos:
NASA, Gerald Cecil (University of North Carolina), Sylvain Veilleux (University of Maryland), Joss Bland-Hawthorn (Anglo- Australian Observatory), and Alex Filippenko (University of California at Berkeley).
http://hubblesite.org/news_release/news/2001-28
Veja também:
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