Exoplanetas que estão perdendo sua atmosfera

Créditos: Ilustração artística: NASA/ESA e D. PLayer (STScI) 


Astrônomos fazendo um censo de exoplanetas que orbitam perto das suas estrelas encontraram planetas quentes do tamanho de Júpiter e super-Terras quentes.

Planetas com atmosfera aquecida a mais de 1.700 graus Fahrenheit são chamados de "Netunos quentes". Há alguns anos astrônomos descobriram que um desses "Netunos" conhecido como GJ 436b, estava perdendo a sua atmosfera.

Agora, os astrônomos observaram um Netuno "muito quente" chamado de GJ 3470b e descobriram que ele está perdendo a sua atmosfera  100 vezes mais rápido do que o GJ 436b.

Os dois planetas estão a uma distância de 3,7 milhões de quilômetros da sua estrela. Isso equivale a um décimo da distância entre Mercúrio e o Sol.

A esta distância a intensa radiação da estrela aquece tanto a atmosfera que ela escapa da atração gravitacional do planeta e o gás que escapa forma uma nuvem gigante ao redor do planeta que se dissipa no espaço.

Uma razão para o GJ 3470b estar evaporando mais rápido do que o GJ 436b é que ele não é tão denso, então ele tem força gravitacional capaz de se segurar sua atmosfera aquecida. E, além disso, a estrela que hospeda o GJ 3470b tem apenas 2 bilhões de anos em comparação com a estrela de 4 a 8 bilhões de anos que o planeta GJ 436 orbita.

As duas estrelas são anãs vermelhas, que são menores e mais duradouras do que o nosso Sol. E a estrela mais jovem possui mais energia por isso bombardeia o planeta com uma radiação mais intensa do que a que GJ 436b recebe.

A descoberta dos dois "Netunos quentes" que evaporam reforça a idéia de que a versão mais quente desses mundos distantes pode ser uma classe de planeta transitório cujo destino final é encolher até o tipo mais comum de exoplaneta conhecido: os  mini-Netuno - planetas com atmosferas pesadas e dominado por hidrogênio que são maiores do que a Terra mas menores do que Netuno.

Os pesquisadores usaram o Espectrógrafo de Imagens do Hubble para detectar a assinatura do hidrogênio na luz ultravioleta em um enorme casulo ao redor do planeta quando ele passou em frente da sua estrela. 
O casulo intermediário do hidrogênio filtra parte da luz das estrelas. 

Estes resultados são interpretados como evidência de que a atmosfera do planeta está se esvaindo no espaço. A equipe estima que o planeta perdeu até 35% de seu material ao longo de sua vida, porque provavelmente ele perdeu massa em um ritimo mais rápido no início, quando a sua estrela anã vermelha era mais jovem e emitia ainda mais radiação.

Se o planeta continuar perdendo material rapidamente ele irá encolher até se tornar um mini-Netuno em alguns bilhões de anos.

As observações fazem parte da pesquisa Panchromatic Comparative Exoplanet Treasury (PanCET), um programa do Hubble para examinar 20 exoplanetas, a maioria Júpiteres quentes, no primeiro estudo comparativo ultravioleta, visível e infravermelho em grande escala de mundos distantes.

Fonte: Hubble Site/NASA 
Créditos: Ilustração artística: NASA/ESA e D. PLayer (STScI) 
Ciência: NASA/ESA e V. Bourrier (Universidade de Genebra, Suíça)

Sistema Trappist 1 e a Zona "Cachinhos Dourados"

https://linha-d-agua-imagensastronomicas.blogspot.com/2019/06/sistema-trappist-1-e-zona-cachinhos.html?spref=pi 





                                                               


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