Chandra descobre arcos de plasma e um aglomerado estelar no Centro da Via Láctea


1. Região do Centro Galáctico da Via Láctea



O Observatório Chandra de Raios-X foi usado para observar uma região do centro galáctico da Via Láctea
 onde está localizado o buraco negro supermassivo Sagitário A*. Há estrelas gigantescas supermassivas envolta dele e elas liberam arcos de plasma semelhantes aos do nosso Sol.

A imagem mostra grandes as estruturas filamentosas que são fontes brilhantes de ondas de rádio (vermelho), o Chandra descobriu, na área escura abaixo dos filamentos de plasma, uma nuvem de gás frio com aproximadamente 40 anos-luz de diâmetro (azul). 

"Acredita-se que a emissão de raios X seja produzida quando elétrons energéticos dos filamentos de rádio colidem com a nuvem de gás frio, que tem uma massa de um milhão de vezes a massa do Sol. Esse processo de bombardeamento de nuvens de gás frio com elétrons energéticos poderia explicar a origem da misteriosa aresta de raios X ao longo do plano da galáxia, descoberta há quase 30 anos."


2. Aglomerado de Estrelas dos Arcos 

 
Esta imagem é da mesma região mencionada no artigo anterior. O buraco negro supermassivo Sagitário A* e a região em volta dele, no centro da nossa galáxia, tem sido objetos de estudos por décadas. 
A caixa inserida na imagem mostra uma nuvem de gás com 60 milhões de graus em torno de um jovem aglomerado de estrelas, conhecido como o Aglomerado dos Arcos. 

Os dados do Chandra, mostrados como a emissão azul difusa, na caixa de inserção, se sobrepõem a imagem infravermelha feita pelo Hubble da mesma região, essas observações são mostradas dentro das estruturas filamentares espetaculares que aparecem em comprimentos de onda de rádio exibidos em vermelho.

O Aglomerado dos Arcos contém cerca de 150 estrelas jovens e quentes concentradas num raio de cerca de um ano-luz, tornado esse aglomerado de estrelas o mais compacto da nossa galáxia. 

Muitas dessas estrelas são 20 vezes mais massivas que o Sol e vivem vidas curtas e furiosas que duram apenas alguns milhões de anos. Durante este período, o gás evapora destas estrelas como ventos estelares intensos. Acredita-se que o envelope de gás quente observado por Chandra seja devido a colisões dos ventos de numerosas estrelas.

Estudos do Aglomerado dos Arcos, localizado a cerca de 26.000 anos-luz da Terra, podem ser usados ​​para aprender mais sobre os ambientes de galáxias "starburst"( explosão estelar), a milhões de anos-luz de distância, onde esse fenômeno pode estar ocorrendo em uma escala muito maior.

1. Crédito Raio X (azul): NASA / CXC / Northwestern / F.Zadeh e outros; 
Comprimento de onda do milímetro (verde): Nobeyama / M.Tsuboi; 
Rádio (vermelho): NRAO / VLA F.Zadeh et al
2.Créditos: 
Raios-X: NASA/CXC/Northwestern/F. Zadeh et.al.,
IR: NASA/HST/NICMOS,
Radio: NRAO/C.Lang

Veja também:


O belo gigante Júpiter e a nave Juno

https://linha-d-agua-imagensastronomicas.blogspot.com/2019/05/o-belo-gigante-jupiter-e-nave-juno.html?spref=pi 


Fita extraordinária de gás intergaláctico descoberta

https://linha-d-agua-imagensastronomicas.blogspot.com/2016/10/fita-extraordinaria-de-gas.html?spref=pi




Um novo tipo de supernova e um antigo mistério

Comentários

Postagens mais visitadas

Postagens mais visitadas