Telescópio Horizonte de Eventos e a primeira imagem de um buraco negro


         Crédito de imagem do Buraco Negro: Colaboração do Telescópio Horizonte de Eventos

Muito se sabe sobre buracos negros mas havia uma frustração por não se poder fotografá-lo. Foram feitas várias simulações e ilustrações. Parecia uma coisa impossível de se conseguir. Mas uma equipe de mais de 200 cientistas trabalhou arduamente para criar um telescópio que pudesse  visualizar um buraco negro. E todo o trabalho foi recompensado com uma foto conseguida pelo Event Horizon Telescope divulgada no dia 10 de abril. 

Na foto, a região central escura não é o horizonte de eventos, mas sim a sombra do buraco negro - a região central de emissão de gás escurecida pela gravidade do buraco negro central. O tamanho e a forma da sombra são determinados pelo gás brilhante perto do horizonte de eventos, por fortes deflexões de lentes gravitacionais e pelo giro do buraco negro. 

Ao captar a sombra deste buraco negro, o Telescópio Horizon de Evento (ETH) reforçou a evidência de que a gravidade de Einstein funciona mesmo em regiões extremas e deu provas claras de que a galáxia elíptica M87 tem um buraco negro giratório central de cerca de 6,5 bilhões de massas solares. 

A expectativa é que o EHT consiga maior resolução  de imagens nas futuras observações, e exploração da vizinhança imediata do buraco negro no centro da Via Láctea.

"A imagem mostra um anel brilhante formado à medida que a luz se dobra na gravidade intensa em torno de um buraco negro que é 6,5 bilhões de vezes mais massivo que o Sol. 

Esta imagem há muito procurada fornece a evidência mais forte até o momento para a existência de buracos negros supermassivos e abre uma nova janela para o estudo dos buracos negros, seus horizontes de eventos e sua gravidade." 

 A ilustração mostra a localização dos telescópios envolvidos nesta grande colaboração internacional.


"A colaboração da EHT envolve mais de 200 pesquisadores da África, Ásia, Europa, América do Norte e do Sul."

O EHT é o resultado de anos de colaboração internacional para criar um telescópio virtual do tamanho do nosso planeta capaz de capturar as imagens mais detalhadas de um buraco negro, o que possibilitará uma nova forma de estudar os objetos mais extremos do Universo.


A criação do EHT foi um imenso desafio que exigiu a atualização e conexão para interligar uma rede mundial de oito dos maiores radiotelescópios do planeta. 

"Os telescópios individuais envolvidos são; ALMA, APEX, o Telescópio IRAM de 30 metros, o Observatório IRAM NOEMA, o Telescópio James Clerk Maxwell (JCMT), o Telescópio Milimétrico Alfonso Serrano (LMT), o Submillimeter Array (SMA), o Telescópio Submilimétrico (SMT), o Telescópio do Polo Sul (SPT), o telescópio Kitt Peak e o telescópio da Groenlândia (GLT).

A colaboração da EHT é composta por 13 institutos de partes interessadas; Instituto Academia de Astronomia e Astrofísica, Universidade do Arizona, Universidade de Chicago, Observatório do Leste Asiático, Goethe-Universitaet Frankfurt, Instituto de Radioastronomia Millimétrique, Grande Telescópio Milimétrico, Instituto Max Planck de Radioastronomia, MIT Haystack Observatory, National Observatório Astronómico do Japão, Perimeter Institute for Theoretical Physics, Universidade Radboud e o Observatório Astrofísico Smithsonian."

Haverá muitas informações que serão reveladas pois a quantidade de dados reunidos é imensa. 

Fontes: Astronomy Picture of the Day; ESO; National Science Foundation        
Crédito de imagem: Colaboração do Telescópio Horizonte de Eventos  
https://apod.nasa.gov/apod/ap190411.html
https://www.nsf.gov/news/special_reports/blackholes/ 
https://www.eso.org/public/usa/outreach/first-picture-of-a-black-hole/blog/

Mais informações sobre o ETH  no link abaixo:  

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